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Mercado no país ainda é bastante fragmentado

Data: 31/10/2011
Fonte: Valor Econômico

A Trifer Indústria Metalúrgica Ltda. possui duas plantas industriais em Guarulhos, na Grande São Paulo. A terceira foi erguida em Santo Agostinho, em Pernambuco, e começou a operar há 90 dias. Os investimentos somaram R$ 10 milhões e a capacidade instalada mensal é de duas mil toneladas. Juntas, as três unidades galvanizam cerca de quatro mil toneladas mensais. A Trifer é uma das 35 empresas que formam o mercado ainda incipiente da galvanização no país, com enorme margem de espaço para crescer. Pouco mais de 10% do aço brasileiro é galvanizado.

"Trata-se de um mercado ainda bastante fragmentado, uma indústria que ainda não se organizou de forma que o bolo cresça para todos. A produção anual de aço é de 30 milhões de toneladas ano e apenas 3,5 milhões de toneladas são galvanizados", explica Eduardo Perez, do Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ) e gerente de marketing e planejamento da Votorantim Metais.

Cerca de 600 mil toneladas são destinadas à galvanização geral e as outras 2,9 milhões à galvanização de aços planos.

Com previsão de crescimento da ordem de 14% neste ano, Peres conta que o volume contrasta com os números apresentados por países europeus e também americanos em consumo per capita e volume de produção. "A maior empresa americana de galvanização instalada nos Estados Unidos possui 60 cubas de galvanização, enquanto no Brasil a Trifer, considerada de grande porte, possui apenas três, ou seja, uma em cada unidade", observa o gerente. Para se ter uma ideia, o consumo per capita de aço galvanizado em alguns países da Europa chega a mais de 15 quilos/ano.

"No Brasil se excluirmos o setor de torres de eletrificação e o setor de chapas galvanizadas, o consumo per capita fica entre 1,5 e 2 quilos por ano. Existe um espaço enorme para a galvanização crescer no Brasil e é o que está ocorrendo agora", acrescenta Eduardo Silvino P. Gomes, vice-presidente do ICZ.

Para Eduardo Perez, a única forma de estimular o incremento do setor é acelerar o processo de investimento. "Para crescer o consumo de aço galvanizado no Brasil é necessário que a oferta aumente. Hoje são empresas familiares que operam com 90% da capacidade instalada e não estão dispostas a investir", afirma. Apesar de ainda tímidos, pipocam aportes financeiros no ramo.

"Há investimentos em novas plantas de galvanização com reflexos em diversos setores da indústria e da construção. O crescimento da galvanização geral, cuja produção anual é de 600 mil toneladas operando com 90% da capacidade instalada, deverá crescer entre 12% e 15% no próximo ano. Os investimentos devem somar cerca de R$ 100 milhões em novas plantas", prevê o vice-presidente do Instituto. A capacidade instalada deverá ter um salto. "O aumento previsto é de 50% até 2015 em galvanização geral. Na área de galvanização de aços planos os investimentos são pesados", acrescenta Gomes.

A Usiminas desembolsou R$ 914 milhões em uma nova linha de galvanização na planta de Ipatinga (MG), e elevou, desde o mês de maio, a capacidade de produção anual de aço galvanizado por imersão quente em 550 toneladas, dobrando a capacidade produtiva. "O Brasil levará mais de uma década para se aproximar do consumo europeu. O Chile tem um consumo de aço galvanizado de sete quilos per capita/ano", ressalta o vice-presidente da entidade. Os custos com mão de obra estão cada vez mais altos no Brasil e os gastos com manutenção de estrutura e repintura passam a ser um componente cada vez mais importante dentro da análise de custos de um projeto, estimulando o uso do aço galvanizado. (R.C.)

 

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