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Automatização garante maior qualidade ao processo

Data: 31/10/2011
Fonte: Valor Econômico

Por Rosangela Capozoli

Plantas para galvanização estão totalmente integradas e automatizadas, obedecendo a uma logística que envolve pontes rolantes, guindastes e pequenos trens. O computador controla o ritmo da produção, estabelece prioridades, passa informações em tempo real, garantindo com isso o mais alto padrão de segurança para os trabalhadores. Empresas de engenharia de países industrializados já dispõem desse tipo de tecnologia, como é o caso da italiana Gimeco Impianti, instalada nos arredores de Milão. "Clientes mais exigentes procuram um nível maior nível de automação e altos padrões de segurança para os funcionários. Também produzimos plantas fabris tradicionais", afirma Ermes Moroni, diretor administrativo da Gimeco, que participou da GalvaBrasil 2011, promovido pelo Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ).

Segundo Moroni, basta acionar um botão e o ciclo automático de logística de todo o processo é realizado por uma combinação de equipamentos que obedecem a um sistema robotizado. "Nada depende de operadores. O produto é apanhado por um guindaste, mergulhado no forno de zinco e, em seguida, colocado no seu lugar", explica. Para Moroni, uma das grandes vantagens da Gimeco é estar capacitada para produzir todos os equipamentos necessários na montagem de uma indústria galvanizadora. "Um dos grandes benefícios de ser o projetista é poder inovar sempre", acrescenta.

Os processos das empresas montadas pela companhia italiana fazem os guindastes se moverem simultaneamente, proporcionando maior produtividade. "Ela não se reduz à planta, mas também ao espaço para se trabalhar. Se um guindaste está operando uma carga e um funcionário fica embaixo, imediatamente o equipamento para de funcionar. A automatização permite maior segurança, ganho de produtividade e qualidade", explica.

"Temos forte demanda na área de logística de todo processo de produção no ramo de galvanização", explica. O diretor da Gimeco acrescenta que automação exige menos mão de obra, logo, impacta os custos. "A verdade é que a automação melhora a qualidade do produto e a produtividade da empresa. Porém, necessita de mão de obra capacitada para operar o sistema", ressalva.

Outra preocupação do executivo refere- ao meio ambiente. "Já erguemos plantas que integram as linhas de galvanização com a produção de torres. As linhas são adequadas em termos ambientais, incluindo a galvanização dentro das empresas", conta. A Gimeco desenvolveu um "desengraxador biológico" para substituir produtos químicos. "Esse produto é capaz de controlar a quantidade de óleo que vai para dentro dos tanques. Criamos um tanque de regeneração de ácido clorídrico. Com a adição de ácido sulfúrico a esse produto, o ácido clorídrico pode ser reaproveitado", acrescenta. A Gimeco opera em praticamente todos os países do mundo, exceto na América Latina.Segundo o diretor, o Brasil é um país no qual a empresa está de olho, considerando que o setor de galvanização é um grande filão a ser explorado.

Os custos dos equipamentos para montar uma empresa automatizada na área de galvanização, segundo cálculos do diretor, podem variar entre €9 milhões e € 20 milhões. O alto custo da automatização nessa área tem dificultado o Brasil de se engajar nessa modalidade tecnológica avançada. "O incremento nos custos encarece muito o processo" afirma o gerente executivo do ICZ, Ricardo Suplicy Goes.

No entanto, a possibilidade da galvanização não deve ser descartada. "Nos próximos anos, acredito que o setor deverá se preocupar com a redução dos custos. A automatização traz uma grande agilidade para a logística", explica. Segundo Suplicy Goes, as cinco plantas que deverão ser construídas no país adotarão um processo produtivo mais avançado que as existentes hoje no mercado, porém "não totalmente automatizadas".

 

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