28/11/2016
Fonte: Jornal do Comércio
O zinco atingiu hoje máxima em nove anos no mercado inglês, liderando um rali entre metais básicos, em meio a sinais de demanda robusta da China. Por volta das 7h40min (de Brasília), o zinco para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) saltava 3,5%, a US$ 2.970,00 por tonelada, ampliando a valorização acumulada no ano para mais de 39%.
O níquel é outro metal que mostra forte desempenho em 2016, com ganhos de 30% desde o início de janeiro. No horário acima, o metal avançava 2,2% na LME, a US$ 11.560,00 por tonelada.
Na China, futuros de vergalhão de aço para entrega em janeiro subiram 5,1% hoje em Xangai, enquanto os de minério de ferro tiveram alta de 2,4% em Dalian.
O zinco tem sido beneficiado pela queda na oferta do metal e também pelo aumento na demanda dos setores imobiliário e automotivo da China, maior consumidor mundial de metais básicos. Alguns analistas, no entanto, questionam se o zinco ainda tem espaço para avançar mais.
“Os preços do zinco já atingiram níveis muito altos”, comentou Daniel Hynes, analista de commodities do ANZ Bank. “Isso representa algum risco.”
De modo geral, os metais têm subido desde que tocaram os menores níveis em anos no fim de 2015 e no começo deste ano. Em parte, essa tendência tem sido alimentada pela estabilização da economia da China, onde as importações de zinco cresceram mais de 50% em outubro ante o mês anterior, em meio ao avanço da demanda por aço galvanizado.
Os metais também têm sido favorecidos pela recente eleição de Donald Trump como presidente dos EUA. Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu ampliar investimentos em projetos de infraestrutura. Entre outros metais na LME, o cobre para três meses tinha alta de 1,8% no horário já citado, a US$ 5.981,00 por tonelada, enquanto o alumínio subia 1,2%, a US$ 1.757,00 por tonelada.
Já na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para entrega em março avançava 0,99%, a US$ 2,7080 por tonelada, às 8h32min (de Brasília).
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