16/09/2016
Fonte: Estadão Conteúdo
Os preços do cobre operam em queda nesta sexta-feira em um movimento de realização de lucros, mas seguem a caminho de fecharem com ganho semanal considerável, ajudado por fortes dados econômicos da China.
Por volta das 7h15min (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 0,25%, a US$ 4.767,50 por tonelada. Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova Iorque (Nymex), o cobre para dezembro recuava 0,23%, a US$ 2,1545 por libra-peso, às 7h45min (de Brasília).
Em meio a um feriado na China, o Festival da Lua, que começou ontem e vai até domingo, os mercados de cobre têm tido pouca liquidez, o que favorece para uma realização de lucros, após fortes ganhos na semana devido à indicadores melhores do que o esperado na China, divulgados no início da semana.
Analistas do Marex Spectron observaram que os volumes de negociação estão um terço menor que a média das últimas três semanas, com cerca de 1.900 lotes comercializados. Apesar da queda, o cobre está a caminho de registrar um ganho de 3% na semana.
"Do ponto de vista de fundamentos, tivemos dados muito encorajadores, sobretudo dados de investimentos da China", disse Caroline Bain, economista de commodities do Capital Economics.
Uma série de dados divulgados na terça-feira, que foram desde a produção industrial até investimento em construção e ativos fixos, mostraram que a atividade econômica na China, o principal consumidor do metal do mundo, melhorou em agosto.
Com poucos dados na semana e a aproximação da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), a tendência é que o cobre fique volátil. "A negociação deverá ser bastante volátil e o dólar deverá conduzir o movimento do cobre", disse Bain.
Como o Fed considera improvável aumentar as taxas de juros em sua reunião de novembro, pouco antes da eleição nos EUA, a maioria dos investidores diz que a reunião da próxima semana é sua última chance de agir antes de dezembro.
Taxas de juros mais elevadas nos EUA tendem a impulsionar o dólar, tornando as commodities denominadas em dólar - como o cobre - mais caras aos detentores de outras moedas.
Em outros mercados de metais na LME, o alumínio subia 0,2%, para US$ 1.577 a tonelada, o chumbo caía 0,2%, a US$ 1.939,50 por tonelada, o níquel recuava 0,4%, a US$ 9.676 por tonelada, o estanho avançava 0,5%, a US$ 19.100 por tonelada e o zinco perdia 0,6%, a US$ 2.219 por tonelada.
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