Resistência de aços ultrabaixo carbono com zinco e ligas ferro/zinco fosfatizados e pintados na indústria automobilística.
A resistência à corrosão de aços ultrabaixo carbono, eletrogalvanizado e galvanizados por imersão a quente com zinco e com ligas de ferro-zinco, fosfatizados e pintados na indústria automobilística, foi avaliada neste trabalho mediante testes acelerados cíclicos de corrosão e de campo com aspersão de solução salina. Os resultados do estudo mostraram que o aço revestido com ligas de zinco-ferro apresentou melhor resistência a corrosão do que os revestimentos apenas com zinco. Atribuiu-se esse melhor desempenho à morfologia do revestimento do aço revestido com ligas de zinco-ferro.
As avaliações da resistência à corrosão de aços utilizados em diversos setores da economia devem ser tratadas como um processo, pois novos tipos de substratos, de revestimentos metálicos e de esquemas de pintura estão sempre sendo desenvolvidos. Além disso, os testes de corrosão também estão sendo aprimorados, de modo a representar cada vez melhor as condições de exposição ao intemperismo natural.
No setor automobilístico, em particular, garantia de resistência à corrosão de 12 anos contra corrosão perfurante somente é alcançada empregando-se aços revestidos e esquemas de pintura de alto desempenho. Atualmente, os materiais mais utilizados por esse setor são os aços eletrogalvanizados e galvanizados por imersão a quente; esses últimos estão disponíveis nas condições com e sem tratamento térmico de camada de zinco, nas quais há ou não formação de fases intermetálicas intermediárias de ferro-zinco.
Em escala mundial, observa-se que a escolha do melhor aço por parte do setor automobilístico é influenciada por determinadas regiões geográficas. Por exemplo, na Europa predominam os aços galvanizados a quente ou simplesmente aços GI, sem tratamento térmico de camada de zinco. No Japão a tendência é pela maior utilização de aços galvanizados a quente com tratamento térmico da camada de zinco, conhecidos como aços galvannealed ou aços GA. Nos Estados Unidos utilizam-se os dois tipos anteriores e também os aços eletrogalvanizados (aços EG).
Nesse caso, constata-se que a presença de empresas automobilísticas europeias e japonesas também é grande nos Estados Unidos. Neste trabalho, avaliou-se a resistência à corrosão de três aços revestidos com zinco e ligas de ferro-zinco, aos quais foi aplicado um sistema de pintura automobilístico. Os testes de corrosão selecionados foram o SAE J2334, o OM 9540P e o ISO 11474 (campo com aspersão de solução salina). Como referência de resistência à corrosão testou-se um aço ultrabaixo carbono sem revestimento metálico, com o mesmo sistema de pintura dos demais aços.
Os corpos-de-prova deste estudo com dimensões de 100 mm x 150 mm foram obtidos a partir de bobinas industriais
de aços ultrabaixo carbono (UBC), eletrogalvanizado (EO) e galvanizados a quente sem e com tratamento térmico da camada de zinco (01 e OA). O desengraxamento, fosfatização e pintura destes corpos-de-prova foram feitos em uma indústria automobilística. O fosfato utilizado foi o tricatiônico e a pintura consistiu das seguintes etapas: pintura eletroforética com resina epóxi modificada, tintas de fundo e de acabamento de resina poliéster e verniz acrílico alto sólido. A morfologia dos cristais de zinco dos aços revestidos foi avaliada usando-se microscopia eletrônica de varredura, empregando-se microscópio eletrônico de varredura modelo EVO 50 da Zeiss, com tensão de aceleração de 20 kV acoplado a espectrômetro por dispersão de energia (EDS), modelo INCA 350 e espectrômetro por dispersão de comprimento de onda (WDS), modelo INCA 500i, ambos da Oxford. A espessura de película seca de tinta foi medida de acordo com a norma NBR 10443.
Fonte: Tubo & Cia
Confira o estudo na íntegra aqui