De características e utilizações fundamentais na sociedade atual, o Chumbo firma ainda mais a sua posição como metal essencial, sendo presença marcante em vários setores da indústria e do cotidiano, tais como automobilística, naval, bélica e medicina.
Por sua utilização como componente de utensílios do dia-a-dia, não se dá conta do infinito número de utilizações do metal, geralmente apenas reconhecido nas baterias dos automóveis e como proteção nos tratamentos radiológicos.
Pelo mundo, evidencia-se não apenas o constante uso do metal, mas acompanha-se um crescimento histórico no consumo, dos últimos 15 anos de 3% a 5% a.a, totalizando aproximadamente 8000 ktpa., impulsionado principalmente pelo surgimento dos blocos econômicos em desenvolvimento como o caso do BRIC, formado por Brasil, Rússia, Índia e China, destacando-se esse último com um crescimento individual no consumo na casa dos 12,7%.
No Brasil, como no restante do mundo, o uso predominante do metal é na fabricação de baterias automobilísticas, com uma representatividade da ordem de 80%.
Assim como outros metais não ferrosos, o Chumbo tem seus preços com índices mundiais e fornecidos pela Bolsa de Metais de Londres (LME em inglês). Dada a importância do uso do Chumbo, sem perspectivas de produtos substitutivos no médio e longo prazo, os preços do metal na LME triplicaram nos últimos 3 anos, passando de US$ 885.00/t em 2006 para um patamar de US$ 2630.00/t em 2008, estabilizado nos últimos meses de 2009 na faixa de US$1,100.00/t a US$1,450.00/t. As variações do preço do metal podem ser acompanhadas semanalmente através do site do ICZ.
Atualmente o país não possui mais a produção de Chumbo primário, encerrada em 1998 pelo esgotamento de suas minas de galena tendo toda a sua utilização proveniente de duas fontes: a reciclagem e a importação. No país, como no restante do mundo a predominância é na produção de baterias automotivas e o negócio local do Chumbo metálico da ordem de 350 ktpa, demonstrando um crescimento histórico, nos últimos 5 anos da ordem de 4%a.a. As importações do metal correspondem a 47% do consumo no pais, ficando os outros 53% por conta da reciclagem.
Os maiores clientes nacionais do metal são grandes empresas nacionais e multinacionais, fabricantes de baterias, que utilizam o chumbo metálico reciclado, importando a demanda restante.
A reciclagem de baterias, tanto no Brasil como no resto do mundo, é a principal fonte de matéria-prima de Chumbo metálico secundário, representando 53%. Esses números devem-se a um dado peculiar do metal, que pode ser reciclado indefinidas vezes, sem perder suas características físico-químicas.
Dada a necessidade de controlar a utilização do Chumbo, devido ao seu poder contaminante, a reciclagem torna-se uma alternativa econômica, sustentável e ecologicamente correta, com tecnologias de processo de fusão e controles de resíduos disponíveis, que garantem uma operação ecologicamente segura.
A constante procura por tecnologias e formas de produção sustentáveis, aliadas às já conhecidas e importantes possibilidades de utilização trazem ao Chumbo excelentes perspectivas e oportunidades de crescimento e desenvolvimento de mercado.